Arte Urbana

Arte Urbana - Art is Trash

Artistas de rua existem desde a Grécia Antiga. As pessoas já faziam intervenções pelas ruas da cidade como músicos, apresentações de teatro e de dança. Entretanto, o movimento se popularizou a partir dos anos 70 nos Estados Unidos. A proposta principal do movimento é mostrar que a Arte não está presa dentro dos museus, dos teatros e das bibliotecas, pelo contrário, ela está em cada um de nós. Neste sentido, saindo dos lugares consagrados, o movimento quer é tomar as ruas.

“O que as paredes pixadas tem para me dizer?
O que os muros sociais tem para me contar? […]
É só regar os lírios do gueto
Que o Beethoven negro vêm para se mostrar” (O Rappa)

Sempre houve certo estigma sobre o que é valido como Arte, e a Street Art surge na contra-mão disto; “se o que nós produzimos não entra nos museus, vamos fazer na rua mesmo.” Músicos de rua, grafiteiros, estátuas-vivas e pixadores vão às ruas e fazem suas intervenções a partir da relação cidade + humano.

No Brasil, esse movimento tomou força na época da Ditadura Militar, um período conturbado da história do país. Os temas tratados pelos artistas são bem diversos, mas na maioria das vezes está presente uma crítica social, política e ideológica. Desde seu início, a Arte de Rua sempre foi marginalizada, não reconhecida, e tem que enfrentar várias dificuldades, inclusive legais. Entretanto, conforme o artigo 5º da Constituição do nosso país, todo cidadão é livre para se manifestar artisticamente:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

Neste sentido, novas Leis foram feitas para que a rua fosse finalmente livre para as pessoas se expressarem e fazerem seus trabalhos. O Decreto  Nº 52.504 regulamentou o exercício artístico nas vias públicas da cidade de São Paulo. Com isso, é importante destacar o valor cultural que a Arte Urbana representa para as minorias das cidades, que desejam fazer e mostrar sua arte.

Ainda que o Grafite seja a técnica mais conhecida, a Street Art não se resume a ele. Segue abaixo alguns exemplos de Arte Urbana:

Pixação: escritos estilizados feitos com spray nas paredes da cidade.

Grafite: desenhos estilizados geralmente feitos com sprays nas paredes de edifícios, túneis, ruas.

Estêncil: parecido com o grafite, esse tipo de técnica utiliza o papel recortado como molde e o spray para fixar as ilustrações e desenhos nas ruas, postes, paredes.

Poemas: qualquer tipo de manifestação literária que surge no ambiente urbano, seja nos bancos, paredes, postes.

Autocolantes e Colagem: chamado de “sticker art” (arte em adesivo), esse tipo de arte utiliza a aplicação de adesivos pela cidade.

Cartazes: Muito comum esse tipo de intervenção urbana, também chamada de “cartazes lambe-lambe”, donde se fixam cartazes (papel e cola) pela cidade, sejam em postes, praças, edifícios, feitos manualmente ou impressos.

Estátuas Vivas: muito encontrado nas grandes cidades como forma de entretenimento turístico, as estátuas vivas realizam um importante trabalho com o corpo, os quais permanecem estáticos durante longo tempo, realizando pequenos movimentos. Geralmente estão pintados e caracterizados.

Apresentações: essas apresentações de rua podem ser de caráter teatral, musical, circense (malabaristas, palhaços, etc.), sendo trabalhos solos ou em grupos.

Instalações: são inúmeros tipos de instalações artísticas como exemplos de arte de rua, sejam objetos, materiais distintos, com o intuito de provocar uma mudança no cenário já existente.

 

 

 

 

 

 

junho 14, 2016

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