Redes sociais online e a cidadania, cultura e cidade

Na encontro do último dia 28, na ACIEPE, “Os diferentes olhares para a cidadania, cultura e cidade intermediados pela web: produção colaborativa de conteúdo multimídia visando engajamento e participação em um observatório”, debateu-se o tema redes sociais online.

Como visto nas atividades realizadas no dia 21, sobre a história e evolução da internet, a internet vai muito além da conexão. Sua história, como um produto da criação humana, está repleta de acontecimentos. Motivações militares, econômicas e proteção e acesso à informação foram motivantes para a construção da internet como temos acesso hoje em dia. Porém, a internet está para além do acesso domiciliar. Outro aspecto importante da criação e evolução da internet foi o modo como nos comunicamos e nos relacionamos. (www.spinabifida.net) É nesse aspecto que vamos diferenciar redes sociais redes sociais onlines. 

Ao longo da história da humanidade, podemos perceber que dois aspectos estão intrinsicamente ligados a nós: a necessidade de vivermos em comunidade e a de compartilharmos. Nos primórdios, tínhamos a necessidade de passarmos informações importantes aos nossos, como o melhor lugar para se viver, observando aspectos como o fácil acesso à alimentação, à boa vivência, sem riscos extremos à nossa sobrevivência.

Além disso, esses aspectos importantes para sobrevivência precisariam ser passados de geração a geração, como um instinto de sobrevivência. Chamamos à essa relação de redes sociais; o conceito de redes sociais está ligado a sujeito (s) que interage (m) com outro (s), com intuito diversos, seja para compartilhar informações, notícias, fatos do dia a dia ou receber informações, seja por uma conversa desprendida entre vizinhos e familiares, ou em grupos específicos, que se reúnem para debater e pesquisar acerca de diversas temáticas, como grupos de pesquisas, e demais necessidades humanas.

Em outro lado, temos o conceito de redes sociais online, como nós conhecemos e atualmente somos usuários assíduos. Ao passo que as redes sociais englobam o relacionamento, digamos, de modo pessoal, direto, as redes sociais online são artefatos computacionais que realizam a intermediação entre nós, usuários destes artefatos.

Pensando nas redes sociais digitais enquanto artefatos, é preciso conhecer como se dá sua estrutura e comportamento organizacional. Para isso, nos foi introduzida a ideia de Cebola Semiótica. O uso do termo semiótica é utilizado para pensarmos as redes sociais online, pois, a semiótica, enquanto campo de estudo, está interessada em entender como se representa, interpreta e se dá a construção da significação, de modo sistemático; em outras palavras, pensar acerca das redes sociais online é pensá-la como um artefato organizado da seguinte maneira:

Neste esquema, podemos pensar as redes sociais onlines dentro do nível “Sistema Técnico”, que seria uma solução computacional, que são construídas a partir do nível “Formal”, de normas e protocolos, mas que são interpeladas pelo nível “Informal”, que é o nível onde os aspectos como cultura e crenças são levados em consideração na construção de uma rede social online. Quando recebemos a notificação em nosso perfil no Facebook sobre o aniversário de alguém, temos, a exemplo, a atuação do nível informal, no aspecto cultural, que diz a respeito a nós, brasileiros, que comemoramos o aniversário dos nossos e é preciso parabenizá-los; este nível atua diretamente no nível “técnico”, que fez com que esse tipo de solução fosse introduzida no Facebook.

Em consonância, podemos reafirmar o quão complexa a temática da internet em nossa cultura, em nossa atuação cidadã e em nossos espaços de atuação. Para aprofundarmos nosso conhecimento acerca desta discussão, foi-nos indicado os seguintes artigos, Refletindo sobre as redes sociais digitais”, de Sônia Cristina Vermelho, Ana Paula Machado Velho, Amanda Bonkovoski e Alisson Pirola e Redes Sociais Online: Desafios e Possibilidades para o Contexto Brasileiro”, de Vagner Figuerêdo de Santana, Diego Samir Melo-Solarte, Vânia Paula de Almeida Neris, Leonardo Cunha de Miranda,M. Cecília C. Baranauskas. O primeiro artigo, discute sobre a web e suas versões, o conceito de mídia e sobre as redes sociais online e, o segundo, sobre como o acesso às redes sociais se dá no Brasil.

Ao final, foram convidados a conhecer o projeto e-cidadania da UNICAMP e a rede social “Vila na Rede” por meio de dois vídeos. Podemos perceber o quanto, não apenas o direito Constitucional de acesso à internet e redes sociais online, mas o domínio prático e a construção coletiva, podem ser transformador na vida em rede, seja ela online ou não.
Parte 1

Parte 2

Como “tarefa”, os participantes em grupos devem pesquisar e selecionar 2 casos que remetam a usos de redes sociais com a intenção de apoiar as questões de cidadania, cultura e cidade.
E você, ficou com vontade de conhecer mais acerca das discussões? Nossos encontros ocorrem todas as terças, das 17h30 às 19h, no Departamento de Computação, da UFSCar, campus São Carlos. Comente sua opinião e entendimento à respeito do tema. Somos todos agentes importantes nesta rede.
Por Robert Moura.
agosto 28, 2018

  • Citamos aqui duas iniciativas de uso das RSO (Redes Sociais Online) para apoiar a comunidade, seja de modo a fomentar a cidadania, a cultura e/ou o desenvolvimento urbano em uma cidade. Uma delas possui plataforma própria (Bike Anjo) e a outra (União das Hortas Comunitárias) faz uso de uma das ferramentas disponíveis na RSO Facebook: a Página. Ao final, dissertamos sobre a presença marcante das RSO em manifestações políticas.

    BIKE ANJO:
    A organização Bike Anjo é uma rede de ciclistas sem fins lucrativos, que busca ajudar na promoção do uso de bicicletas como meio de locomoção diário, sustentável e, principalmente, seguro. É uma rede colaborativa (de alcance mundial), na qual pessoas que pedalam pelas ruas ajudam pessoas que não estão habituadas e querem aprender com dicas, boas práticas e tutoria/mentoria.
    Eles possuem uma plataforma própria (website) para divulgar o projeto, cadastrar os usuários, trocar informações e reunir a comunidade pedalante. Também usam um blog, focado em compartilhar notícias e novas parcerias, que permite que os usuários comentem.
    Acesse em: http://bikeanjo.org/

    UNIÃO DE HORTAS COMUNITÁRIAS:
    A União de Hortas Comunitárias em São Paulo é um coletivo que reúne diversos representantes de hortas comunitárias do município para trocar conhecimentos e fortalecer a rede de hortas urbanas.
    Por meio de uma página no Facebook, os representantes explicam como fazer parte dessa União, quais são os critérios e quais funções serão exercidas, além de divulgarem suas ações, manuais, eventos e acontecimentos que envolvem a agricultura urbana. Entre os acontecimentos organizados são citados: pedaladas pelas hortas, encontros mensais, feiras orgânicas – tudo organizado e divulgado online, tendo sua efetivação offline. Para conhecer o conteúdo divulgado e produzido pela União basta ter um cadastro na RSO Facebook..
    Acesse em: https://goo.gl/u7Z4EL

    É nítido que as RSO tem influenciado a forma como nos organizamos e estruturamos movimentos, sejam de preservação e/ou de promoção cultural e informacional, sejam de reivindicação. Twitter, Facebook, Whatsapp são algumas das plataformas muito utilizadas para organizar tais movimentos, driblando a censura e a repressão das grandes mídias além de encontrar pessoas que partilham de suas ideologias, e outras infinitas possibilidades. Compartilhamos aqui uma matéria sobre os protestos organizados por meio das RSO:
    https://epoca.globo.com/ideias/noticia/2015/03/era-dos-protestos-conectados.html.

    Pesquisa e produção textual: Caio Augusto Rabello Gobbo e Lucas Rafael da Silva

  • Primeiro caso: Central de Adoção Animal – Campinas e Região
    Com cerca de 6700 membros, o grupo aberto “Central de adocao animal campinas e regiao” no Facebook tem como finalidade ligar animais para adoção perto da região de Campinas a seus futuros donos. Através de posts na própria plataforma do Facebook, dentro do grupo, os usuários divulgam ou procuram animais disponíveis para adoção. O contato entre as duas partes (antigo e futuro donos) é feito nos comentários do post, sem ser necessária a intermediação de uma terceira pessoa. Qualquer um é livre para ver as publicações do grupo e, caso queira, fazer parte dele para que também possa postar.
    Link de acesso: https://www.facebook.com/groups/669867049756142/

    Segundo caso: Rede Social D+Eficiência
    A rede social D+Eficiência, por sua vez, tem um site próprio que busca conectar não só pessoas com deficiência, como também seus cuidadores, familiares e profissionais. O objetivo da rede é promover a inclusão social através do compartilhamento de experiências e informações, sendo um espaço para que as pessoas se ajudem e colaborem entre si. São discutidos diversos casos de deficiência, como autismo e paralisia cerebral, e as pessoas são livres para iniciarem um assunto sobre alguma deficiência ainda não comentada.
    Link de acesso: https://demaiseficiencia.com/

  • Primeiro caso – A Batata Precisa de Você – Largo da Batata – São Paulo/SP
    Através do site do Largo da Batata é possível encontrar a descrição das atividades do grupo “A Batata Precisa de Você” e diversos grupos no Facebook como “Não Largue da Batata” e “Mobilidade Pinheiros”. Todos eles são formados por moradores ou pessoas que têm interesse em transformar o Largo da Batata em um local de integração entre a população e rico em atividades culturais e colaborativas. Além disso, o próprio site oferece um calendário no qual as pessoas podem cadastrar eventos que ocorrerão no local para que esteja disponível para todos os interessados.
    Acesse em: http://largodabatata.com.br/

    Segundo caso – Coletividade Námíbià – São Paulo/SP
    O Coletivo é formado por pessoa negras, majoritariamente TLGBQ+ de áreas da cultura e das artes. Possui o objetivo de dar visibilidade, inserir e valorizar os artistas TLGBQ+ nas cenas noturnas da cidade de São Paulo. Além disso, busca “dar acesso a entretenimento a pessoas trans e negras, com intuito de criar espaços de sociabilidade saudáveis e possibilitar oportunidades de trabalho através da nossa produção artística e intelectual, criando uma rede de apoio, de forma que os projetos individuais sejam potencializados com a coletividade.”
    Acesse em: https://www.facebook.com/coletividadenamibia/

  • Abaixo segue dois casos que fazem parte da RSO (Redes Sociais Online), afim de apoiar a cidadania, cultura e cidade. Além disso, integram também os componetes essenciais da RSO, definido por Mislove et al. (2007).

    – Primeiro Caso: Markeplace do Facebook
    Este caso está relacionado a anúncios de (troca ou vendas ou doações) de (produtos ou serviços). É uma ferramenta criada pela própria empresa Facebook, para ajudar seus usuários nas divulgações das potagens referentes aos anúncios. A ferramenta permite filtros por preços, localidade geográfica e categorias ja pré-estabelecidades que ambos facilitam a busca.

    – Segundo Caso: Páginas de Corporações Privadas, Públicas, entre outros.
    Este caso está relacionado as páginas organizações de divulgação de uma corporação privada ou pública. O usuário tem a opção de cutir a página, “como se fosse um seguir do Instagram”. Sendo assim, a partir desta curtida as potagens realizadas por essa página aparecem em algum momento na linha do tempo de quem a curtiu. Deste modo, ao curtir páginas e páginas de seu interesse, a timeline do Facebook começa a ficar como “um portal de notícias”, isso agrega um lugar rápido e fácil a informação de seu interesse. Na maioria dos casos não existe a necessidade de ficar abrindo vários portais de notícias por exemplo: UOL, Terra, G1, entre outros, para ler uma notícia, basta curtir estas páginas, a notícia que for relevante aparecerá na linha timeline.

  • – Primeiro caso: Kimeo
    A rede promove a conexão entre pacientes, médicos e amigos, que desejam compartilhar suas histórias e conhecer outras pessoas em situações semelhantes. A aplicação ainda disponibiliza três ferramentas que auxiliam na rotina. O “Acompanhamento Diário” permite que o usuário registre como está se sentindo física e emocionalmente a cada dia. Já o “Controle de Tratamento” funciona como uma agenda em que é possível acompanhar os horários de medicamentos e consultas médicas. Por fim, a funcionalidade “Perto de Você” possibilita encontrar clínicas, hospitais, institutos ou especialistas mais próximos por meio de geolocalização.

    – Segundo caso: Skoob
    Skoob é uma rede social colaborativa brasileira para leitores. O site tornou-se um ponto de encontro para leitores e novos escritores, que trocam sugestões de leitura e organizam reuniões em livrarias. Através de cadastro, é possível listar o que você está lendo, o que já leu, o que pretende ler, o que está relendo e quais leituras foram abandonadas, formando assim uma “estante” virtual. O sistema tem um “paginômetro”, que soma as páginas dos livros marcados como já lidos, além de uma média de páginas. Possui também a opção de participar de grupos com temas diversos.

  • As duas RSO (Redes Sociais Online) abaixo são especificas quanto ao assunto de promoção de cidadania, cultura e cidade, sem deixar de possuir as características chave de uma RSO. Ambas são incentivadoras da iniciativa social e da aplicação da cidadania, a primeira, para causas populares, arrecadações e outras iniciativas artísticas, e a segunda, para demandas aos governantes:

    Catarse
    É uma rede social com o objetivo de financiamento coletivo para todos os tipos de projetos socioculturais. Como o próprio nome diz, referindo-se ao fenômeno literário, é um apelo à identificação emocional ou pessoal com as causas postadas. No site, é possível criar e divulgar o seu próprio projeto, além de seguir e interagir com outros criadores e com os apoiadores. Cada projeto recebe uma meta a ser alcançada e os usuários do site podem fazer doações, as quais podem, ocasionalmente, recompensar o doador com brindes.
    É possível ajudar causas socioambientais, como o projeto Rio Doce Help, que arrecadou com sucesso fundos para coletivos de ajuda às famílias afetadas pela tragédia de Mariana – MG, e também causas de cidadania, cultura e cidade, como o projeto Cidades Para Pessoas para promover ideias de melhoramento urbano.
    Acesso pelo link: Catarse.me

    Colab
    É uma rede de participação social visando a fiscalização e visibilidade de problemas na cidade. Moradores de qualquer bairro podem denunciar problemas como irregularidades nas vias públicas, no saneamento, na segurança, etc., e outros moradores podem interagir e aumentar a popularidade dos posts. Também é possível seguir as pessoas para acompanhar publicações e as prefeituras das cidades têm a possibilidade de responder os casos e encaminhá-los para que sejam resolvidos.
    Acesso pelo link: Colab.re

  • Deixamos aqui dois exemplos:
    1 – INCLUSÃO DIGITAL: COMO AS COMUNIDADES CARENTES ESTÃO USANDO A TECNOLOGIA A SEU FAVOR?
    Heliópolis foi adquirida pela Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab), que gerencia a área desde então e permite que os moradores permaneçam lá sem pagar aluguel. Hoje rebatizada como Cidade Nova Heliópolis (tendo recebido o estatuto de bairro somente em 2006), a comunidade ainda enfrenta problemas estruturais. Faltam programas culturais, opções de lazer (como museus, cinemas, teatros etc.) e maior segurança para os habitantes, já que o tráfico de drogas é uma prática comum na região. No entanto, Heliópolis também vem se destacando por receber inúmeros programas de apoio e incentivo ao uso de novas tecnologias para melhorar a qualidade de vida da população local. Diversas empresas privadas demonstraram interesse em contribuir com o desenvolvimento econômico do bairro, provendo uma melhor infraestrutura de telecomunicações e oferecendo ferramentas para disseminar novidades tecnológicas na região — acredite, os resultados já são visíveis.

    Acesse em: https://www.tecmundo.com.br/tecnologia/102284-comunidades-carentes-usando-tecnologia-favor.htm

    2 -Conexão Quebrada
    “Basta!” foi o primeiro vídeo da MC Martina a dar um ‘boomzinho na internet’, como ela mesma disse. Nele, a rapper declama um poema em que fala de machismo, racismo e periferia. Com um minuto de poesia sem cortes, o vídeo publicado no começo de 2017 alcançou 15 mil visualizações. Martina quase não conseguiu botar o vídeo no Facebook. Ela não tinha acesso à internet e teve que usar a de uma amiga. O vídeo foi carregado muito lentamente. Demorou, mas foi. Nele, a MC questiona como a população da favela vai se fortalecer sem acesso e disseminação da informação. O vídeo foi o segundo mais visto da carreira dela. Até os 19 anos, Sabrina Martina nunca tinha saído do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro. Hoje, a rapper, poeta e produtora cultural aparece na TV aberta, viaja pelo Brasil para shows e já foi para o exterior participar de um debate. Ela é uma das responsáveis pelos slams – poesia marginal declamada e de cunho político – que acontecem na Casa Brota, espaço cultural no Alemão. Mas por causa de sua página no Facebook e dos vídeos que ela grava, seu alcance foi muito além das comunidades cariocas. Ela tem mais de 56 mil visualizações em suas publicações. Martina, no entanto, não tem acesso à internet em casa. Para trabalhar, a MC precisa usar o wi-fi emprestado da vizinha, que muitas vezes não funciona. É um desafio: a divulgação, o reconhecimento e o alcance de seu trabalho dependem da rede. “Se eu não tivesse o acesso à internet da minha vizinha, meu trabalho não teria a projeção que tem hoje”, diz.

    Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/especial/2017/11/29/Conex%C3%A3o-Quebrada

  • Primeiro exemplo: Sibite
    Imagine que você tem um projeto, que pode ser cultural, social, de moda, esportivo ou “whatever”, mas não sabe como viabilizá-lo do ponto de vista financeiro. Em poucas palavras: tem a ideia, mas não tem o recurso, a grana.
    Bem-vindo ao Sibite. Primeira rede social, que além que agregar usuários, atua na captação de projetos através de investimento colaborativo.
    Link para a matéria: https://pormaisalguem.wordpress.com/2011/09/12/a-primeira-rede-social-de-verdade-do-brasil/

    Segundo exemplo: V2V
    O Portal do Voluntário é um portal brasileiro com conteúdos, experiências e oportunidades de ação voluntária. Lançado no dia 05 de dezembro de 2000, dia e ano internacional do voluntário, o portal é uma plataforma de continuidade do Programa Voluntários da Comunitas. Criado em parceira com a Rede Globo, a Globo.com e a IBM Brasil, atualmente o Portal desenvolve ferramentas de gestão de voluntariado para diversas empresas brasileiras
    Link para a matéria: https://pt.wikipedia.org/wiki/Portal_do_Volunt%C3%A1rio

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